[Introdução: Dum-Dum]
A juventude de hoje será o futuro do país...
Será o futuro do país, o futuro do país...
[Verso 1: Eduardo e Dum-Dum]
Futuro do país não cola mais, dá um tempo
O tema agora é outro, prostitutas e detentos
O futuro vai ser esse, pode crer, tenha certeza
Só mulher vadia e c**aína sobre a mesa
Presidiários, vagabundas, manos viciados
Cuja moral e educação se aliam ao pa**ado
Um consumo de drogas e vários a**altos
Esquecidos por filhos da puta, um futuro desandado
Noticiado e comemorado por toda a burguesia
Que se diverte, delira com o cadáver do dia
E não é por menos, na semana morre uns 40
E a idade na média 20 anos não esquenta
São todos pobres ou ladrões ou maconheiros
Malditos vagabundos, só pensam em dinheiro
Escuto isso o ano inteiro, um puta exagero
Queremos é só paz e não a merda do dinheiro
Nós... valorizamos nossa vida, isso sim
E não queremos ser iguais aos marginais em fim
Queremos ver nossas famílias numa boa bem decente
Ver a polícia nos tratando como gente
Nos importamos com o futuro e com nossos manos
Me dói na alma quando vemos eles se acabando
Dentro de uma tático sempre arrebentados
Ou de overdose ou até mesmo a**a**inados
E a distância da polícia é a saída, é arma nossa
Sem crack ou c**aína, bem longe das drogas
Paranoia nenhuma, saúde nota dez
Bem honrados e humildes da cabeça aos pés
Somos a**im, juventude pobre de atitude nada mais
E se marcar muito melhor que qualquer filho de papai
[Refrão 3x: Eduardo e Dum-Dum]
Não se preocupem porque somos a**im
Somos da nova geração e não somos tão ruins
Somos a**im... Somos a**im
[Verso 2: Eduardo e Dum-Dum]
Geração não sei de nada, nos chamam a**im
E a burguesia se vicia, usa todas, é melhor no fim
E no caixão uma pedra, um tiro na moral
Muita maconha, tudo em paz, tem muito capital
Usa e abusa da sorte de ter muito dinheiro
Filho da puta, playboy, mais um futuro brasileiro
Estuda em melhor escola, tem seu carro, sua mina
Perfeito em aparência do tipo "eu nunca vi c**aína"
Desandado tira racha com a turma do shopping
Se mata ou atropela tudo bem o pai encobre
Cheira mais, fuma mais, abusa da sorte
Pra você é um boi, mas veja a vida de pobre
Tiros de doze, gritaria a**im é todo dia
Todos armados, fodeu, mais uma vez vem polícia
Ninguém tem carro aqui, onde cair você fica
É caixão e vela preta, é a**im a nossa vida
Sempre escondidos ou de canto na calçada
Se caso reconhecidos arrancam a nossa alma
Uma D20 você sem testemunha é foda
A gente vive com isso todo dia quase toda hora
Roleta russa cinco balas num tambor de seis
Se não for hoje é amanhã, a gente nunca tem vez
Nossa revolta é por aí, nós somos vítimas sim
Mas juventude de atitude até o fim
[Refrão 3x: Eduardo e Dum-Dum]
[Verso 3: Eduardo e Dum-Dum]
Existe ainda outro problema lamentável, é tipo a**im
A juventude do pa**ado nos detesta por aí
Esquecem que um dia também foram adolescentes
E de repente até foram piores que a gente
Nunca ficaram bem loucos? Eu pergunto
Nunca fizeram nada errado nem por um minuto?
Nunca encheram a cara nem conhecem polícia?
Distritos nunca foram? Só se não existia
Me lembro bem de uma polícia então vermelho e preto
Segundo conto era foda, o terror deles no tempo
Quem era preso eu não lembro, a gente não, eu garanto
Na época nós tínhamos de cinco a oito anos então
Uma contradição, também saíram da linha
Não se a**umiram desandados hoje pais de família
Assumimos nossos erros não tem santo aqui
Já pretendemos um banco, sonho de pobre é a**im
Muito armamento, perfeito enquadramento
Saída única dinheiro e um futuro 100%
No sonho é tudo bem, na real é cemitério
Eu não vou pro saco a**im, eu pelo menos espero
Comentários dos vizinhos, a vergonha da família
Enterro do governo ou os manos na vaquinha
É o futuro do país, a juventude mais pobre
Somos a**im a parte que só se fode
[Refrão 3x: Eduardo e Dum-Dum]
[Finalização: Eduardo]
Facção central, Eduardo, Dum-Dum e Garga o rap é nossa atitude e mostra que se depender da gente a juventude pobre com certeza será sim o futuro desse país