[Verso 1: Eduardo] Oriente Médio pra mim é jogo War da Grow Manda a Times aqui fotografar o que é terror O que inspira a Fox pra filme de guerra No ar Facção potência bélica da favela CNN periférica contra a bomba de Hiroshima Aplicada lentamente pra dizimar minha etnia Tô no corredor da morte porque tenho atitude Mercedes, flat, cuzão não me ilude Sô mais um palco sem retorno com microfonia Com os que tiram da comida pra comprar minha camisa Letra terrorista o boy escuta e treme Lado a lado com quem invade a adega do presidente Tira o clipe do ar não toca o psicopata Soro enxerto mata, não agita o cu da playboyzada Não quero tá na coleção de CD do Tio Patinhas Ma**ageia o ego a sintonia do radinho à pilha Tô na missão pra te ver de Toyota "Ó o documento, gambé, o carro é meu sai fora!" De Samoa na mesa do restaurante fino Traz o mais caro do menu e a carta de vinho Ninguém nasceu pra queimar ônibus Trocar com o choque Protagonizar o medo como Hitchco*k Tô em cartaz pra tirar sono de rico Enfiar adaptação de Sarajevo de ouvido a ouvido [Refrão 2x] Eduardo em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro Dum-Dum em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira aqui é a CNN do morro (2x) [Verso 2: Dum-Dum] Imagina você amarrado no trilho conhecendo a CPTM Suando frio Rezando, contando com um milagre que evite que O maquinista te divida em varias partes Ia sentir quanto faz falta um professor no morro A minha panela repleta no fogo Quem mete a mão na goela do vira-lata Pra roubar osso e dividir com o filho em casa É graduado pra enfiar no cu da tropa o escudo Arrancar olho de turista de cruzeiro de luxo Ninguém é cachorro pra ficar feliz só com a ração Quero apertar o botão pra abrir o portão da mansão A TV impõe que o bom tem joia e Marea Então por que que eu vou rir de Brasília na favela? Não se conforma em troca o saco da lixeira
Com a goma de madeira o nenê sem mamadeira Tem um porco no seu cargo na multinacional Torrando o kit livraria do crime bacan*l Pode dar choque no cronista que ele não maqueia o drama O boy te quer na reportagem da Cracolandia Ou sonhando com cem pra pa**agem de volta Porque não mando um real pra família na roça SP inventou a apólice de seguro anti-sequestro Aqui é sangue fundido em concreto [Refrão 2x] Eduardo em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira, aqui é a CNN do morro Dum-Dum em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira, aqui é a CNN do morro [Verso 3: Eduardo] FC canta rap pra não vê você com tiro nas costas Na reabilitação da AACD Pra não te ver de modelo em extrato de tomate Com a foto de desaparecido na embalagem A PM se equipou com .40 e tá loca pra testar na sua cabeça Eliot Ness tem coração de pedra Igual a vaca que por milho prende a doméstica Nem o exorcista tira o diabo que ele plantou na minha alma Eu com a carta de antrax era o fim dessa raça Não me comovo com a Barbie sangrando na ambulancia Quem arremata o Van Gogh ta porque quer atraz da lança [Dum-Dum] Indenização pro povo nos direitos humanos Reparo de ordem moral pra cada furo no cranio As vezes descordo de Deus tudo é sem sentido Uns comprando uma ilha outros rasgando lixo Com 98 mil dolares quantos livros na escola Foi o que o boy pagô pra ficar em orbita Depois chora ajoelhado oferece o rabo Fica coberto com plastico qte morre asfixiado Não sou mãe Dinah mas prevejo a sequela Questão de dias pra vê que vigia é mitologia moderna Sua munição anti-aérea: CNN Periferica Mais contundente que qualquer âncora da Terra [Refrão 3x] Eduardo em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira, aqui é a CNN do morro Dum-Dum em cartaz pra vê boy perdendo sono Narro a vida da trincheira, aqui é a CNN do morro