[Intro: Dum-Dum]
Mães de Maio, mães de todo o Brasil
Nossas lágrimas, não cansadas, não querem somente chorar
Não temos ódio, temos luta
Não temos medo, temos revolta
Não queremos penas, queremos justiça
Não queremos misericórdia, queremos punição
E quem levou nosso filhos, vai pagar
[Verso 1: Dum-Dum]
13 de agosto, 2015, periferia, Osasco, por volta das 20
Lágrimas de sangue, ódio e revolta
Assa**inos, covardes, de touca ninja e pistola
Policias sem farda e sem viatura
Grupo de extermínio, tiros nas costas, na nuca
Seres humanos doze horas velados no chão
Por que tanta demora? Cadê o rabecão?
Todos envolvidos, todos sem exceção
Até o serviço funerário, que faz a remoção
Justiça não é matar inocente, pai de família
Matar estudante, tiozin, bebendo pinga
O dono do boteco, o campana da biqueira
O que foi comprar cigarro, o que voltava da igreja
Diz o ditado que a justiça é cega
Sem cão-guia e bengala quando pa**ei na favela
[Refrão: J.S. Black]
Já transbordou o rio de lágrimas
Tempestade de dores e tristezas
Mais uma mãe que chora a perda
Já transbordou o rio de lágrimas
Tempestade de dores e tristezas
Mais uma mãe que chora por um filho que não volta mais
[Ponte: J.S. Black]
Pedindo forças, ajuntando as lágrimas em cima do caixão do filho
Que não volta mais
Ajeitando as flores, acendendo as velas
Em meio ao funeral, as preces de uma mãe a se lamentar
(Por que eu? O que eu fiz pra merecer na vida tanta dor?
Será que não bastava ser uma pobre esquecida na favela?)
Mais uma Maria de cor
(Por que eu? O que eu fiz pra merecer na vida tanta dor?
Será que não bastava ser uma pobre esquecida na favela?)
Mais uma Maria de cor
[Refrão: J.S. Black]
Já transbordou o rio de lágrimas
Tempestade de dores e tristezas
Mais uma mãe que chora a perda
Já transbordou o rio de lágrimas
Tempestade de dores e tristezas
Mais uma mãe que chora por um filho que não volta mais
[Ponte: J.S. Black]
Pedindo forças, ajuntando as lágrimas em cima do caixão do filho
Que não volta mais
Que não volta mais
Que não volta mais
Que não volta mais