[Verso 1] Não queria te ver na maca, cuspindo sangue Quase morto no hospital com uma par de tiro Tomando soro Nem catando Pioneer do Escort Nem enrolando a língua, morrendo de overdose Esquece a doze, o cachimbo, a rica cheia de joia Já vi, por um real, bisturi de legista em muito noia Não seja só mais um número de estatística Um corpo no bar, vítima de outra chacina É embaçado saber que a propaganda da TV De carro, casa própria não foi feita pra você Saber que pra ter arroz, feijão, frango no forno Tem que pegar um oitão e desfigurar um corpo Entendo o motivo sou fruto da favela Sei bem qual a dor de não ter nada na panela De dividir um cômodo de dois metros em cinco Um quarto sem luz, água sem sorriso Só, que, truta o crime é dor na delegacia Choque, solidão, agonia Te dão uma 1.40 com silenciador e mira Pra você estraçalhar com o caixa da padaria Da mercearia, drogaria Pra que um dia, sua família reze sua missa de sétimo dia O boy de Rolex, Cherokee, vidro fumê É armadilha do sistema pra matar você [Refrão x2] Não caia na armadilha, siga a minha apologia Mesmo de barriga vazia esquece a joia da rica Não caia na armadilha siga a minha apologia Sua missa de sétimo dia, tá de importado na avenida [Verso 2] Corrente de ouro, carro do ano: tudo ilusório Farinha, bicarbonato, velório Traficante, vi vários com uma pá de funcionários De BMW, dando dinheiro pra delegado Comemorando o ano novo descarregando a traca pro alto Terminando sem um centavo na doze do soldado De fuzil, granada, nove Nunca ninguém voltou com um malote do carro forte Sempre o mesmo fim: mãe chorando no caixão Ou mano planejando rebelião na detenção Mordida de cachorro, esculacho do GOE Só quem te lá dentro sabe o preço de matar o boy Sei que é muito pouco sonhar apenas com comida Quem não quer ter uma casa com piscina? Um cargo bom ao invés de comer lixo Um carro importado, ultimo modelo esportivo
Só que o conforto não vem através do revólver Do sangue da refém milionária, temendo a morte O gambé não quer saber seu motivo Quer sua cabeça na parede igual a um porco abatido Não interessa se é pro remédio da sua mãe Pra fumar crack ou beber champagne Se invadir o condomínio gritando a**alto Caiu na armadilha até no teto vai ter seus pedaços [Refrão x4] Não caia na armadilha, siga a minha apologia Mesmo de barriga vazia esquece a joia da rica Não caia na armadilha siga a minha apologia Sua missa de sétimo dia tá de importado na avenida [Verso 3] Querem você virando a cadeia, matando estuprador Exigindo o governador, o juiz corregedor Querem você num Opala metralhando, pá Chacina de número trezentos pro SPTV noticiar Por isso não tem um de nós no Congresso, na Câmara Aqui é só ladrão estado vegetativo na cama Ou cadeira de roda, tiro na espinha Por um par de tênis, um risco de c**aína Nossa vida vale menos que um real Aqui pobre só presta pra doar órgão no hospital Por isso vai pra colégio tentar ser o arquiteto Não faça os porcos aplaudirem mais um nóia an*lfabeto Que bate na coroa pra fumar um rádio Na mão de traficante, amanhece esquartejado Pega sua 380 e faz a planta do banco Atira no segurança, chuta o refém que tá chorando Cata o malote esvazia o cofre Descarrega na cabeça do gerente sua nove Ou põe a roupa de carteiro pra enganar o porteiro Enquadrar um prédio inteiro e roubar joia dinheiro Pras seis horas eu te ver no cidade alerta Algemado com hematoma tipo cachorro numa cela O sistema te que chorar mas não com você matando na rua O sistema tem que chorar vendo a sua formatura [Refrão x2] Não caia na armadilha, siga a minha apologia Mesmo de barriga vazia esquece a joia da rica Não caia na armadilha siga a minha apologia Sua missa de sétimo dia tá de importado na avenida