[Verso 1]
Muitos embalos existem, procuram pela vida fácil
Se espelham em criminosos, acham ser o caminho viável
Inevitável por ser pobre, outro vitimado
Nem sempre cola, tanto faz, pra ele é um barato
Ser enquadrado, interrogado, dever explicações
Temido na vizinhança, ser o maior dos ladrões
Se torna seu pedestal, e mais que isso um troféu
Reconhecido na malandragem, destrói qualquer papel
Um viciado nota 10, o rei do crack e c**aína
Dezenas de pa**agens, o terror dos toca-fitas
Conhecido e manjado por toda a polícia
Mas tudo bem, tá tudo em paz se o subúrbio tá em dia
Nem PM, nem civil, nem federal, ninguém embaça
O mano paga bem, é bom malandro e tá em casa
Diz que vai ser traficante, se marcar até bicheiro
O dono da quebrada, vai ter muito dinheiro
Sonha com isso, apenas sonha e nisso vai morrer
Se não se vence honestamente no crime pode esquecer
Só polícia na sua vida, nem tudo é alegria
Faz correria toda hora, não chega seu dia
Quer ser malandro, paga o preço e a quantia é média
Se diz que troca com a polícia então não paga comédia
Na banca quer ser o melhor e de conhecimento
O mais esperto e conhecido aqui fora ou lá dentro
Um DVC a**usta Deus, o seu é por aí
Tem um quilômetro de ficha e não sossega mesmo a**im
Quer dinheiro, quer a boa e não se desaponta
Bate no peito, eu sou malandro, eu sou ladrão e a malandragem toma conta
[Refrão]
(Quem diz que é malandro não segura nada)
A malandragem toma conta
(Quem diz que é malandro não segura nada)
A malandragem toma conta
(Quem diz que é malandro não segura nada)
A malandragem toma conta
(Quem diz que é malandro não segura nada)
[Verso 2]
Um complemento de um jornal vagabundo é sua alternativa
Virar notícia de jornal, morto pela polícia
Uma foto estampada na primeira página
Morrem mais vagabundos é só pra começar
Dentro de qualquer D20, um pa**o pro inferno
E no DP caguetagem ou choque elétrico
A escolha é sua, depende do seu proceder
Pois se optou pelo crime sua tendência é se foder
E o embalo tá a vontade consumindo todas
Vendendo a alma no crack, se dizendo na boa
Não vai ser traficante, não tem cacife pra isso
De 16 ou 12 vai ficar no vício
Vai conhecer sua derrota em forma de droga
Vai se acabar no cachimbo e não no fuzil da ROTA
Vai de esperto malandro pra viciado otário
É o preço da malandragem que se paga o embalo
Um batalhão de PMs na Sul é pra valer
Não tem seguro pra pagar então vai ter que morrer
Não tem cadeia pra essa hora nem se entrega se quiser
Sai trocando e o vencedor é o que ficar de pé
E se cair será coberto com jornal e quem se importa
Apenas um cadáver ou apenas mais um bosta
É Que na vida é a**im nem toda ideia consta
E não existe sangue bem e nem sempre a malandragem toma conta
[Refrão]
[Verso 3]
Jurou por Deus que se pudesse voltaria atrás
Achou legal no começo, dinheiro fácil, malandragem demais
Andar gingando na rua, chamando sempre atenção
E escutar do pessoal: É o maluco é ladrão
Quem nunca foi a**im? Quem nunca teve vontade?
De ser o número 1, o rei da malandragem
Quem nunca quis ter armamentos e trocar com alguém?
Eu sei que todo pobre quis, inclusive eu também!
Eu sei do ódio da polícia, eu sei de tudo isso
Mas fui embalo, eu me fodi, eu mereci meu destino
Só devo contas à Deus, minha sentença paguei
Pensei que iria ser fácil, mas de que jeito acabei
A malandragem toma conta, toma conta sim
Veja os DPs e os presídios, veja a merda que eles vivem enfim
Todos batiam no peito e se diziam malandros, e...
Hoje estão fodidos, estão se acabando (fim de carreira)
Ou vão pro saco muito antes de qualquer presídio
É que existe um ditado: Pra bom gambé não tem ferido
E no distrito é só Deus e os investigadores
E sim senhor e não senhor, é foda, não existem flores
Embaçado obedecer quem você nem conhece
Mas no DP é a**im, qualquer arrombado é seu chefe
Seus parentes te esquecem não visitam no domingo
É bem por aí, você fodido e os outros rindo
A malandragem toma conta e é dessa forma
Jogando pobres embalos no crime ou pra viverem de esmolas
[Refrão]