Não foi talvez, que disseste
Foi nunca, lembro-me bem
E agora porque vieste
Se tudo o que dei, perdeste
Ou deste, não sei a quem
E do muito que eu te dei
Fizeste pouco e por fim
Quando sem nada fiquei
De tudo em que acreditei
Fizeste pouco de mim
Há muito que já não estou
À espera do que perdi
E tudo o que me restou
É o pouco que ainda sou
Mas que é demais para ti
Que faças pouco, já espero
E já nem sequer me espanto
Mas porquê o desespero
Deste pouco que eu te espero
Ser ainda querer-te tanto