[Verso 1: JotaPê]
Eu vi minha mãe chorando diante da multidão
Vi muita gente correndo e outros estendidos no chão
Para um Brasil deste tamanho, será que tem solução?
Para que fazer cadeia se não existe educação?
Os políticos de Brasília, a maioria não tem coração
Só puxam brasa para sua sardinha e esquece da população
E nessa terça à noite eu ouvi foi mais uns cinco tiros
Não sei se tão fazendo graça, ou se é mais um que morreu “pra mil dizer" que não viram
Sábado pa**ado um mano ali morreu de overdose
Que é outra virose que mata a quebrada
Foi mais um que vacilou no vício e no fim morreu por nada
Vejo a falta de oportunidade ainda muito presente
Enquanto a escola pública continua a criar jovens cheios de elos doentes
Mais de dez anos na escola, quase que só “pra” almoçar
Não te ensinam a aprender e sim a decorar
Mas as mentes fracas se perdem no meio do caminho
Pois é mais fácil vender droga, do que se matar no emprego e no final morrer sozinho
Sem nada a deixar aos filhos, a**im como não se teve nada dos pais
Enquanto isso sobe o número de envolvidos no roubo da Petrobras
Tio, como fofoca nova na quebrada, o lava-jato fez o mensalão parecer que jamais existiu
[Refrão 2x: JotaPê & Reinaldo Lazaro]
Meu povo sofre, e eu vou vivendo
Vejo roubos milionários e minha favela sofrendo
Vamos lutar, vamos resistir
Eu mesmo não paro enquanto minha favela sorrir
[Verso 2: JotaPê]
Mas sorrir mesmo, não como diz a rede globo
Meu povo é sem informação, mas meu povo não é bobo!
A gente “tá” cansado de corrupção, de exploração
Dos “menor” em aniquilação, genocídio e falta de atenção
Por isso fecho firme e forte, Dexter
“O pior cego qual que é? É aquele que não quer ver”
Que fecha os olhos ante a sujeira
Que não quer quebrar barreira
E manda para debaixo do tapete a poeira
Is simple how de “click”, “clack” and after “BUM”
Resultado de um caminho fácil, “pra” quem achava que o difícil não levava a lugar nenhum
And a past a moment, reflection and a clarification
If I want, I can, I make good songs
With my flow, and “bumbo” together the clap
Level up for my RAP, Trap
Dor de cabeça a todos “pé de breque”
Ao ver que os moleque tão evoluindo ouvindo um som de black
[Refrão 2x: JotaPê & Reinaldo Lazaro]
Meu povo sofre, e eu vou vivendo
Vejo roubos milionários e minha favela sofrendo
Vamos lutar, vamos resistir
Eu mesmo não paro enquanto minha favela sorrir
[Verso 3: JotaPê]
Mas sorrir como?
É o que a todo momento eu me pergunto
Se for falar de política, jamais se falta a**unto
Falta de água e as escondidas: racionamento
O estado sofre e o governo lá sem argumento
Engravatado na TV, mas sem moral
Esbanja água em casa e cobra economia do resto do pessoal
Hipocrisia reina sem ma**agem, mas não vou desistir
Eu “tô” em terra de ninguém, procurando meu motivo “pra” sorrir
Vamos Sorrir... mas sorrir de que jeito?
Estou sobrevivendo ouvindo políticos dizer:
Tenha fé “zé”, o Brasil vai crescer
Quero plantar uma rosa e vê-la florescer, mas a poluição não deixa minha planta nascer
Para todo lado que a gente olha, só vê as florestas morrer
Vamos sorrir, né?
É o que nos resta
Independente do que aconteça
Procurar sorrir e levantar a cabeça
Vamos Sorrir