[Intro]
Deselegância, hein, meu
[Verso 1: Kamau]
Diz que diz, sem noção, sem razão
Fala um monte, mas a fonte é geralmente duvidosa
Muita prosa, pouco verso, sem batida
Mutante de zói grande e língua comprida
Que quer me alugar, quer meu lugar
Ao invés de se levantar, quer me derrubar
Ô dó, mas quê que eu posso fazer?
Cê sabe demais de mim e eu nem sei quem é você
Nunca vi no rolê, no metrô, no busão
Na função, no perrê pra pagar condução
Pensa que eu tô patrão, te devo satisfação?
Nunca me deu um tostão e agora quer dar palpite?
Tô no limite, não me estressa, nem começa
Aí, não me interessa sua opinião (Vacilão)
Achou ruim, firmão, deixa a**im
Não tô a fim de me perder pelo que acham de mim
[Refrão]
Você não sabe komwé, como foi, qual vai ser
E quer falar sem saber (Eeeh!) Falta do que fazer
Falou o que quis, agora escuta o que não quer
*Você não sabe como é...* (x2)
[Verso 2: Emicida]
Uns diz que sumi, outros que me encontrei
Que me vendi, outros que acertei
Uns fala que perdi, outros diz que ganhei
Eu? Não digo nada, pois só digo o que sei
Pra opinar nas ação do Emicida, mais de mil
Engraçado, Leandro quase morreu de fome, ninguém deu um piu
Então shiu, ow, desagradável
Fale ao motorista somente o indispensável
Eu vim deixar uma coisa clara, tiozin
Entenda: Eu falo pelas ruas, as ruas não falam por mim
Os verme age a**im
Comenta sobre onde fui, experimenta saber de onde vim
Sobra tempo pra quem fala, falta tempo pra quem trampa
Tua caixa preta guardam na vala, regra um de Sampa
Sou o que espanta zé povin da lida
E o segredo da paz mundial é cada um cuidar da sua vida
[Refrão]
[Verso 3: Kamau]
Aí, posso ser mais específico
Nunca subestime um sujeito pacífico
É típico de bico que só vive no quase
E nunca pa**a de fase, sempre bate na trave
Caso grave, do mal que matou Caim
E eu não tenho mais que dó de quem vive a**im
Não vou declarar imposto pra quem não merece
Ou tentar me explicar pra quem não conhece
Deus não dá asa à cobra, então vai, se arrasta
Já basta, deu sua cota, vai, se afasta
E observa, bisbilhotar é coisa feia
Não vou pagar propina pra fiscal da vida alheia
Quer que desenha ou já dá pra entender?
Que por aqui nem a migalha vai sobrar pra você
Se a carapuça lhe serviu, pode comemorar
Vai, gandula, pega as bola e me deixa jogar
[Refrão]
[Outro]
-Vagabundo não tem o que fazer
-Tem que dá um gato, mano. Dá um gato pra ele, ele cuida das 7 vidas do gato, deixa nóis viver em paz, mano
-Dá um Tamagotchi, vai trabalhar de babá, mano. Tá ligado? Deixa eu
-Os zói de Tandera, com a língua do Tamanduá , trabalhando 24 por 48
-Põe tudo no saco e ó!
[Scratch/Outro]
*Como é que é*
A Rua é Nóiz! A Rua é Nóiz!
*Como é que é*
Quer saber? Fui!