[Verso 1]
Parece crack, mas é só a insegurança
Fui nessa, com a peça e os bicos gansa
Estressa, é claro, cansa
Whiskey, neon, pouca luz, ela dança
Tô eu e meus demônio como sempre (os de sempre)
O cigarro, uma da quente
Sem fé, tudo que fala mente
Fundo do poço, osso, o dono da dor sente
Amor, busquei tipo samba dolente
A luz camba, a perna bamba, dependente
Uma cruz no plexo, reflexo deprimente
Por entre os dedos a vida ia
Pique água da pia, fria
Ave Maria, mano
Um ser humano em estado desumano
Zuado, mano
Qual orixá me pa**a um pano?
2012
É o mundo se acabando, e foda-se
[Ponte]
Avisem que o céu está ruindo
O que é pior, chegar no fundo ou continuar caindo?
[Refrão]
Quantos inferno cruzei?
Pa**ei, sem anjo pra cantar
Quanto mar atravessei?
Segui, sem luz pra guiar
Ouvindo só
Click-clack, Click-clack-boom!
[Verso 2]
Polícia aqui mata mais que Tuskegee
Assa**inos free, povo calmo como Kenny G
Gueto tipo Ndee, bico treme se ver que
Ainda somos Public Enemy, é 1, 2 pra explodir
Pique dó-ré-mi e boooom
Acabou, sem zoom de câmera ou da câmara
Dor é o que chega pra nóiz, quebrada
É bomba de efeito moral de quem não tem moral pra falar nada
Coturnos escuros, soturnos futuros
Me enturmo nos muros, me enfurno e juro
Que vou cobrar com juros
Sou jogo duro, sem furo, puro, apuro não aturo
Seguro eu me curo, contra os ideal obscuro
Do governo, hã, cartel ou clã
Meu papel é ensinar o povo a dizer: Hã-hã
Sem abrir pernas como que dança Can-Can
A nóiz cabe
Odiar inimigos do povo, viu, Ka**ab?
[Ponte]
Queimam favelas, controlam a mídia e distorcem a informação
Seu mandato têm dias contados, nossa luta não!
[Refrão]