Rudah Filipe
Não sabia o CEP
Nem o nome da equipe
Dona daquele salão
Na Estrada do Sabão
Se era Dinamyte
Ou Black Mad
Ou Black Mad
Pena que o velho Mug
Não está mais entre a gente
Pois ele é quem tava ciente
De quem tava com o tal agogô De 5 bocas
De 5 bocas
Que um tio do Rudah trocou
Numa péssima troca
Por um surdo e um tarol
Que se pá tão no Metanol
Da Bica de Pedra
Na Bica de Pedra
Fui da Terezinha à Pompéia a pé
Na volta é muito chão
Sem o da condução
Num ponto lá da Guaicurus
Catei carona no Guarani
Pulei da Perua na Parapuã Macedônia desci
Agogô de 5 bocas
Nem a velha guarda viu
Eu bati num vida loka
Mas nenhuma boca abriu
Tava sol
Tava frio
Lá do Inferninho
Por todo quilombo
Pela Fazendinha
Pelo Tiro ao Pombo
Onde eu sempre trombo
Uns malandro da rapa da antiga
Será que alguém liga?
Será que alguém liga?
Descabelado
Sentido Penteado
Sem pala que ali do lado
Tem a 45
A 45
Despenquei pro largo
Da pancada
Seguindo as famosas pegadas
Do bando de dona Nenê
Escalei uns menino
Ninguém sabe do sino
Na rua Das Usinas, no Iraque, Siqueira
No Congo, na Rua do Farol Sem novidade meu chapa
Na barra do catimbó
Fui pra Terezinha de novo à pé Pela Servidão
Sem o da condução
Num ponto na rua do Outono Voltei de carona no Guarani
Pulei da Perua uns 3 ponto pra lá E pro Veiga subi
Agogô de 5 bocas
Nem a velha guarda viu
Se quem tem a voz invoca
Não se ouve nem um pio
Nenhum ai
Ai de quem
Nenhum shiuu
É mil grau
Numa macumba nagô
Lá do Cantagalo
Me falaram dum mano
Do império serrano lá no damasceno
Eu já tinha outros planos
Pelo Paulistano
Foi me dando um veneno
Tava dando um veneno
Fui pela Cantídio
Do princesa pro Vista
Na baixada na pista no pé da favela
Quem tava descendo?
Era aquele sambista
Aquele sambista
De miliano
Batuqueiro zica do Elisa Maria
E na Steve Biko, sentido do Pedroso
Na Ponta da Praia
Foi dada uma dica
Você sabe onde fica?
Tinha um maluco que eu ligo ali do Carumbé
Tava chamando atenção com um ferro na mão
Pelo jeito ele é feito ogã Famoso sujeito dos afoxé
E puxou umas cantiga antiga de Candomblé
Agogô de 5 bocas
Só a velha guarda viu
A palavra mesmo pouca Nunca volta no vazio Na Brasilândia