Sinceramente, a voz é sincera
Quando digo que ela me desespera, mente
Não espera, ela quer tudo a tempo
Pelo menos eu tento, ela diz que sou lento
Ela pede-me tempos, eu não sou disso
É só s**o na relação, não não é só isso !
Dás-me prejuízo, enlouqueço, desapareço
Tu não ganhas juízo enquanto eu cresço
Apareço sem preços, respondo ás preces
Tu não te esqueces e mesmo que o fizesses
Eu fazia figas e nem que digas que
A nossa relação só resultava se
Eu fosse diferente, calmo e carinhoso..?
Eu dei-te tudo, chamaste-me invejoso
Não te uso, abusas de palavras impróprias
O teu próprio ego escondia-se do óbvio..
Ficavas com ódio das minhas amigas
Deixei-as por ti, mesmo a**im insistias
Existias por mim, fingias com lágrimas
Querias que fosse a**im, um livro sem páginas
E tu nem imaginas as minhas dúvidas
Dizias que vaginas me davam dormidas ?
Amizades coloridas ficaram incolores
Chega de favores, morres de amores
Por mim mas no fim não é bem a**im
O teu feitio doentio destruia-me, sim
Falas das outras, mandas bocas, cala-te!
Essa cabeça oca, ás voltas deixa-te louca
A minha voz rouca grita para parares
Mas para te armares, preferes dar o salto
Disse para não brincares, fazíamos pares
Em vez de te calares, falavas mais alto!
Conversas interessantes, apenas por instantes
Só fomos amantes, continuamos distantes
Sinais alarmantes, nada é como antes
Eramos gigantes mas isso foi antes
Escolheste orgulho em vez de amor
Eu não me orgulho mas sinto rancor
Fiz-te um favor, tirei-te do 'entulho'
Sentis-te calor e fizemos barulho
Resultado é nulo, és burra, sou tudo
Discussões resolvem-se à base do murro
Um só sussurro, ficas cega e depois?
No fogo de hoje, queimamo-nos os dois
Pois, sinceramente, nunca fomos um só
Prefiro apanhar pó, até metes dó
Não há dó ré mi que te safe miúda
Fui o teu D(eu)s mas nem Deus te ajuda...
Querias que cumprisse, querias compromisso
Desfiz tudo isso, preferi ganhar juízo
Imaginas-me morto, imagina o que for
Pois eu morri para ti, ressuscitei um homem novo