[Verso 1: Luca e Ferap]
As vezes eu até me sinto de Vênus
Mas quem eu sou hoje em dia é o de menos
Se o que importa é quanto devemos
Mas ainda lutamos pelo que temos
Na madruga é só sufoco brisando nos corre louco
Eu vi que ali, ouvi, te impede de quebrar o coco
Eu tô sem troco eu tô careta, tô sem papel sem caneta
Meti os dois pés na porta e eu nem liguei pra maçaneta
Parou! nem tudo se lê em tarô
Eu nem sei quantas vezes que a morte me encarou
Nem reclamo sigo em frente tento não dar nenhum milho
Pois difícil deve ser ter que escolher um caixão pro filho
Alterando a ordem natural do processo
E o bem vencendo o mal atualmente tá em recesso
é o marco, o mesmo barco remando pra dois sentidos
O farto o anarco rumando ao que tem sentido
Narcóticos anônimos, caóticos nós somos
Metódicos com os planos, neuróticos faz anos
Pro futuro quem viu tretas já não espera
Acordar e ver violetas na sua janela
[Ponte: Luca e Ferap]
Darararara
Darararara
Darararara
Dararararara...
[Verso 2: Ferap e Luca]
Fiz meu castelo de areia (fiz) mas com o tempo
Eu sei que ele pode vir abaixo com o vento
Por isso agradeço e peço de fato proteção
E não desmereço mas tem ingrato que foi ser jão
Se ilude com as vagabunda que fala "oi tentação"
Logo arrasta pra quebra e neva, oitenta são
Oito pino, cê menino e quando chega de manhã
Elas somem, tudo some me fala... foi, quem tá são?
Mães que oram, anjos que choram e o demo ri
Vendo a gente contra a gente só se demolir
é mais febém, é mais DP, é mais refém é mais depre
é mais PT só cê ver bem... mais depredação
Item pra redação, busco a redenção
Custo é a retenção da minha pretensão
E pros meus pés tem chão então 'prest'enção'
Minha revolta é antiga e desde o pré tensão
Então olha a faixa de gaza, falaram de um papa nazi
E os papparazzi tá onde? -filmando quem papa a Grazi
Foi mano que era errado, mano que era firmeza
E nóiz continua aqui com a incerteza da certeza (Rá!)