[Introdução]
Tão jovens.. tão jovens..
[Verso 1]
Os velhos na poltrona a gente até compreende
Sofrendo o fim da vida, já um pouco demente
Fumando seu cigarro, o corpo todo impotente
Lembrando dos seus tempos de bem antigamente
Pijama desbotado, nostalgia de guerra
Gritando suas palavras de amor pela terra
Dizendo que a pátria tem que ser mais honrada
Que a bandeira nacional precisa ser respeitada
Agora, meu amigo, você é jovem demais
Pra vir com esse papo de que a**im já não dá mais
Parece o teu avô tomando cerveja no bar
Pedindo intervenção e governo militar
Fala de bandido, fala de favelado
Votando na direita igual um retardado
Fala sobre dar o peixe e ensinar a pescar
Mas é bancado pelo pai e não precisa trabalhar
[Refrão]
Reacionário aos 20, 19, 16
O que que tem de errado com a cabeça de vocês?
Geração Tropa de Elite, bando de cuzão
Só apoia ditadura quem nunca foi pro porão
[Verso 2]
Defende pena de morte a todo momento
Seu herói deve ser o Capitão Nascimento
Fala mal da roupa curta da garota na rua
Sua colega de faculdade você chama de puta
É muito engraçado e triste observar
O chorume do discurso de quem tinha que lutar
E ainda grita por aí que é revoltado
Mas não pa**a de um babaca com discurso moldado
Eu não sei o que vai ser da sociedade futura
Quando essa juventude defende a ditadura
Amarrando negro no poste igual um escravo
Subornando o PM que parou o seu carro
Consumistas e escravos de um sistema falido
Destratando empregada e cuspindo em mendigo
Muito mal tirou as fraldas e já tá se cagando
Sua panela vai batendo e eu fico aqui questionando:
[Refrão]