[Refrão]
A cegueira, coletiva besteira
O espetáculo da família brasileira
Sem constituição, a inquisição
No templo medieval, o sangue nas suas mãos
[Verso 1]
Padre, pastor, rabino
Desde menino eu escuto, que nesse mundo
Sua palavra vale tudo, que absurdo
Livros tão velhos comandando, e doutrinando
Os cegos, surdos
Mudos, não questionam
Não se levantam, não caminham com as próprias pernas
Não interessa para onde, só se escondem
Buscam a fé no horizonte, que os corrompe
Qual é o nome dessa
[Refrão]
[Verso 2]
Cruzes, vidros e luzes
As intenções das suas rezas são mesmo essas
Que você prega e convence
Que nada vence o seu herói santificado
Canonizado e batizado
Água, rancor e mágoa
O ódio vestido de branco, dentro dos panos
Da sua roupa abençoada, bem costurada
Que foi comprada com o dinheiro
De todo o povo, que segue morto em meio a essa
[Refrão]