Sou artista para lá de holofotes e fotos dos media Escrevo em blocos notas rimas, para cuspi-las em blocos e esquinas Mantenho-me à parte, mas parto mais do que julgam Como bons fornecedores, são consumidores que me procuram A tempos ouvi rumores, Deau tem o rei na barriga Enganaram-se todos (ui) era a minha mãe que tinha Mc's contam o que fazem, no fim só fazem de conta Não és mais nem menos se não te encontras atrás de uma montra O oráculo não prevê espectáculo, mas isso não me afasta Deixem-me só ajustar contas, para mostrar o que a casa gasta Mantenho ouvidos de ouvintes, escuto e faço a síntese Rappers maduros perdem o brilho, verdes não fazem a fotossíntese A capa e ao índice segue-se a introdução e o desenvolvimento A conclusão é que na bibliografia vão todos ao mesmo testamento Mantenho na memoria, a essência do movimento Em que as ruas eram tempo de atitudes e exemplo… Refrão: Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes Potentes mentores de musica Que seduz ao cérebro e não a industria Preservo com astúcia característica a acústica de outrora Dou forma à fórmula em que a pertinência, leva à competência E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência intensa Do o teu rap reflecte, na atitude que te submete Em vez de competição traz o que te compete… Só saem sons do tipo, eu parto tudo e todos Para mim faz mais sentido, construir e instruir os outros Calem-me esses bad boys, armados em Puff Daddy Que andam ao tempo aqui perdidos, e não se encontram como a Maddie Eu tenho verbos, mas não as verbas tu tens mas faltam-te as pernas Para te moveres das bermas, quando perdes graça como Hermans No underground lanternas nada te servem Ou tens brilho próprio ou então só brilhas quando velas se acendem No teu funeral em tua honra, Blimunda de Saramago Vejo o teu intimo, esses falsos querem que eu morra Tenho núcleo positivo que atrai electrões de valência Porque há quem queira por reticencias, onde eu retenho a essência
É altura de agarrar as oportunidades Porque Deus deu a mão ao Maradona, e ficou com a que não faz milagres Não penses que é pelo nome, que te dão um cumprimento Respeito quem me toca nos palcos, ou quem me toca por dentro… Refrão: Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes Potentes mentores de musica Que seduz ao cérebro e não a industria Preservo com astúcia característica a acústica de outrora Dou forma à fórmula em que a pertinência, leva à competência E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência intensa Do o teu rap reflecte, na atitude que te submete Em vez de competição traz o que te compete… Não tenho condições e nunca tive muita escolha Tiravam-me o prato onde comia mal viam eu partia com a louça toda Tavam à espera que o meu Rap phat, fica-se anoréctico Em dias amargos destrói pacotes de açúcar, como se fosse diabético Habitua-te quem tu sentes, nem sabe o que tu fazes Em cima de um palco, nunca vez num publico cabeça de cartaz Dizem que sou bom nisto, eu acho que nunca vou sabê-lo Pois só sabemos o que somos, depois de deixar de sê-lo Não ligo quem quer lucrar comigo estilo Pako Ha tanto parente perante mim transparente com interior opaco Aos poucos na vida, aprendi a tirar lucro Quando me fodem não pago com a mesma moeda, não sou estúpido É só em altos spots que essa gente actua Deito sempre a casa a baixo só dou concertos na rua Afirmei o meu lugar, não andei ao sabor do vento Cultivo pés de feijão magico, eu vou tocar no firmamento Refrão: (2x) Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes Potentes mentores de musica Que seduz ao cérebro e não a industria Preservo com astúcia característica a acústica de outrora Dou forma à fórmula em que a pertinência, leva à competência E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência intensa Do teu rap reflecte, na atitude que te submete Em vez de competição traz o que te compete… LAMENTO!