Marcial na arte, renegado mental, nao tenho nojo A vida exige muito de nós, damos-lhe o dobro Detesto pensamento rácio, gravito como astros Balanciado em signo, ascendente e minotauro Desconforto em ser peso morto, prefiro o conforto do frio real Mantenho a sanidade por um fio, eu confio Não me empurres bimbo, eu sobrevivo no limbo Inspiro a vida enquanto esgrimo a dois bafos do abismo A nossa iora, escola como a tora para a cavala Chapada que te acorda com a mesma mão que te embala Chamada sem hora marcada, revolução é agora Calma na falta de respeito, a lambada que te vira a cara Pára, afoga a mágua e mata-a, agarra-te e amarra em âncora Prepara-te são e salva-te, entrega teu corpo e alma Má vida que te acomoda, elimina com bomba atómica Dealema cara a cara, sou mascara anónima Neste mundo estranho, sem dor não há ganho Tens de engolir o orgulho e entulho de todo tamanho Aprova o que te põe à prova e prova do sabor amargo Se essa obra não desdobra prepara e a**ume o cargo A vida é feita de batalhas, batalhas pra sobreviver E quando falhas, vês que as falhas é que ensinam a crescer O saber não ocupa espaço a quem abre espaço ao saber E mesmo que chegues atrasado nunca é tarde pra aprender Só vai beber da fonte quem tem sede de vencer E quem no jogo aposta a vida, o mais certo é vir a perder Perdi, caí, levantei-me, subi, caí, levantei-me E foram tantas as quedas que às tantas habituei-me Não tenho medo do fraca**o pois é de sangue o nosso laço Máxima satisfaçao, penso em projetos que abraço Dou bafos de inspiraçao sem ter de puxar o maço É como um pa**o de gigante a cada meta que ultrapa**o Há quem não escolha bem Não vai a jogo, não mantém No constante vai e vem Esta luta não te convém Não sou roleta russa de ninguém
Essas fichas para mim não valem No constante vai e vem Esta luta não te convém Antes do anarquista cometer suicidio No dia anterior estava abatido Com a bíblia na mão falava comigo da dor Em busca da salvação ou motivo Já chutava no pescoço quase perto do ouvido Partiu no seu derradeiro voo da ponte de Dom Luis Primeiro Mais uma alma perdida na neblina, nessa noite imagina Saí de casa com vontade de encostar um fusco a todos os traficantes de heroína É preciso ser um grande homem para sobreviver Na selva urbana tudo pode acontecer, da lua cheia ao amanhecer Há sempre alguem a fazer-se à vida, tem de haver sempre alguem a meter A viver com a corda no pescoço A cair e ir ao fundo aos poucos, a esgravatar sem encontrar um poço Embacotados, enquandrados, mal-humorados Tão agoniados que a felicidade pa**a ao lado Hoje em dia ser honesto é sinónimo de otário O elogio da vaidade, do salafrário Quem é a proxima vitima do conto do vigario? Algúem vai ver um zero no seu extrato bancário Só dá tratantes, filtros, parasitas e velhacos Pelintras, patifes, piratas e larápios Que vagueiam em hordas pela cidade fora de horas Ditam as normas, eles encostam-te às cordas Com navalhas afiadas apontadas à guela Como putos da favela que copiam da novela Perdem a cabeça, compram um pa**a montanhas Disparam a caçadeira, no chão espalham entranhas Várias artimanhas, saltam cartas das mangas São gaivotas abutres, ratos, hienas e piranhas É preciso ser forte pra ser honesto neste jogo É um ambiente tao viscoso, que até mete nojo Há quem não escolha bem Não vai a jogo, não mantém No constante vai e vem Esta luta não te convém Não sou roleta russa de ninguém Essas fichas para mim não valem No constante vai e vem Esta luta não te convém