[Verso 1: Dalsin]
Escrevi pra fugir dos fantasmas que me perseguem
Das pragas que se rogam e os ROCAM nunca me peguem
Os trutas que perdoem e as b*atches que me querem
Por que os cachorros morrem e meus amigos bebem
Se eu não acendi o pavio não era pra ser gaza
Há quanto tempo nego eu não sei o que é me sentir em casa
As lembranças ainda queimam e a cabeça em brasa
Quando a imaginação não sabe o que fazer com as asas
Quando pensar retém uma carga extra
Se a mente só pensa bosta atitudes não prestam
Testa a fé vou de carona no teu fone
E a resposta pras perguntas dela infelizmente ainda é meu nome
A única questão que faço é gelo no meu drink
Um pouco mais de flow no verso e grave no beat
Menos drogas no comércio e meus amigos bem mais pimp
Pros alpinistas apetite pras marquises ter mais ink
[Refrão: Dalsin]
E era pra ser só um desabafo aí sobrou um espaço
Respirei fundo e deixei o som sair
Eu vi a alma ir pro espaço desapego no compa**o
Ainda é cedo e eu não vou dormir
[Ponte: Dalsin]
E eu vou refletir o que a alma pede
O que a mente necessita o corpo reflete
Inevitável é o sangue na gilete
O momento não é de festa então pra quê tanto confete
[Verso 2: Don Cesão]
13º andar faz frio na sacada
Não paro de pensar na queda
Tá foda tudo roda daqui de cima só vejo a calçada
Alguns segundos no profundo mergulho no nada
Barulho ouço vozes mas não entendo nada
Orgulho tudo o que eu tenho já não vale nada
Divórcio tédio diploma do ensino médio
E um sócio que deixa a nine nine esticada
Engole seco sem prosseco sem cerveja
No para-peito do prédio tá o remédio
Vai tomar no cu
[Refrão: Dalsin]
E era pra ser só um desabafo aí sobrou um espaço
Respirei fundo e deixei o som sair
Eu vi a alma ir pro espaço desapego no compa**o
Ainda é cedo e eu não vou dormir
[Verso 3: Dalsin]
Daqui pra frente nada mais me impede
É 13 andar pra baixo e o corpo no meio dos ledes
No pião de IML
É a navalha no pescoço e o sangue na blusa da GAP
Vou dar uma volta ver se alguém me a**alta
Pra eu reagir e quando Deus vir me ouvir eu por os problemas na pauta
É o contra peso do que resta
E a navalha do barbeiro na mão de quem rege a orquestra
Idiotice é quem me contesta
Quem tem um cano na cinta não traz escrito na testa
Não trai nem ao menos se presta
O ridículo é ter vínculo com quem arrasta a festa
Eu vejo o mundo com outros olhos
Porém a falta do perfeito deu o charme das minhas falhas
Expulso o medo pelos poros
E o desabafo vira arte na mão de quem bem trabalha