Será que sou lento por ser triste, Porque tudo julgo inútil e vão, E em terras de sol nada mais me a**iste Que uma sombra aquém da imensidão? Ou será que sou triste por ser lento, Porque nunca me lanço ao vasto mundo Só Lisboa junto ao Tejo é meu intento
Onde anónimo como sempre, me afundo E por isso dou comigo, à deriva P’las vielas escuras da pobre Mouraria? Aí encontro muitos como eu, sem via Os que vivem sem amor, fé, alegria...