Carlos Tê Olha, és o penso na ferida Tão pisada e dorida Que ainda trago no peito Sem fechar, sem sarar, E que nega o simples direito De ir à minha vida E virar esta página amarga e rompida Sabes, o amor não é lealdade É uma meia verdade Que em certos momentos Sai da boca sem piedade Em fragmentos de estratégia pura Só para sobreviver à doença sem cura Que deixa um sulco de dor e prazer Como eu gostava de poder Amar-te com todo o meu ser Mas estou tão ocupada a sofrer Meu querido dá-me um abraço
E ajuda-me a esquecer Rega o meu pobre deserto Que parece crescer Quando o outro não está perto Olha, quero aqui a prometer O meu coração fingido Vai fazer por merecer esse amor imerecido Até lá és apenas um bálsamo No meu orgulho abatido Mas se puderes esperar Talvez um dia eu te possa amar Olha, quero aqui a prometer O meu coração fingido Vai fazer por merecer esse amor imerecido Até lá és apenas um bálsamo No meu orgulho abatido Mas se puderes esperar Talvez um dia eu te possa amar