(by Carlos Tê) Neste tempo de sucessos De quedas e ascensões Para o topo dos topos Pare o gelo dos copos Para a vala das gerações Novos Bogarts em velhas gabardines Novas Madonnas em velhas Marilyns Crestam lendas nos magazines Ao ritmo das ilusões Novas Babilónias erguem-se do pó E lê-se tudo em diagonal E tudo chega a horas a Portugal O comboio está agarrado Por fim o tempo está mesmo ao lado Já chegou o Desejado E o sonho está normalizado
Na suave proporção De um para x elevado a um cifrão Novas Babilónias erguem-se do pó Tudo é novo e velho num vaivém de espuma Tudo se refunde no brilho do bruma E vós combatentes de guerras idas Contentes lambendo as mãos do rei Midas Joanas, Joões de arcas perdidas Saltadores de fogueiras já ardidas Cinzas de cinzas de cinzas Bem-vindos ao império das coisas parecidas Novas Babilónias erguem-se do pó