Ai
Há meninas em rebanho
E há bandos de rapazes
Elas são sossegadinhas
Eles devem ser audazes
Ai
Dizes tu que não condizem
Cor de rosa e azul celeste
Cada s**o em seu lugar
Foi a**im que me fizeste
Ai
Mas então porque razão
Ainda vês com maus olhos
O homem que ama outro homem
A mulher que ama mulher
Se os separas à nascença
E fazes tanta questão
De manter a diferença
Entre a irmã e o irmão
Ai
Ai
Viva, a maria-rapaz
E o rapaz que não é peste
Viva a roupa que baralha o s**o
De quem a veste
Viva todo o arco-íris
E a cor se mistura
Sete quintas, meias tintas
Viva a fúria e a doçura
Ai
Não me voltes a dizer
Que as crianças a crescer
Precisam de copiar
O papá e a mamã
Deixa ser eu a escolher
Por quem me perco e me dano
Porque eu amo a minha irmã
E amo também o meu mano
Ai
Ai
Será que nunca sentiste
Que somos pó do universo
Sujeitos à atracção
Do que é igual e diverso
E será que não gravitas
À volta de quem te ama
Use vestido ou gravata
Borboleta busca chama
Ai
La la la...
Amar sem olhar a quem
Nem ao s**o, nem à cor
Não é vício nem pecado
Não é mau nem mau-olhado
Amar sem medo ou vergonha
Amar a torto e a direito
Amar sem manha nem ronha
Não é tara, nem defeito
Ai
Ai
Amar sem olhar a quem
Não é tara, nem defeito
Amar sem olhar a quem
Amar a torto e a direito
Amar sem olhar a quem
Não é tara, nem defeito
Amar sem olhar a quem
Amar a torto e a direito
Ai
Ai
Ai