O retrato do artista quando moço Não é promissora, cândida pintura É a figura do larápio rastaqüera Numa foto que não era para capa Uma pose para câmera tão dura Cujo foco toda lírica solapa Era rala a luz naquele calabouço Do talento a clarabóia se tampara E o poeta que ele sempre se soubera
Claramente não mirava algum futuro Via o tira da sinistra que rosnara E o fotógrafo frontal batendo a chapa É uma foto que não era para capa Era a mera contracara, a face obscura O retrato da paúra quando o cara Se prepara para dar a cara a tapa