Pomba d'esp'rança sobre um mar d'escolhos! Lírio do vale oriental, brilhante! Estrela vésper do pastor errante! Ramo de murta a rescender cheirosa!... Tu és, ó filha de Israel formosa... Tu és, ó linda, sedutora Hebréia... Pálida rosa da infeliz Judéia Sem ter o orvalho, que do céu deriva!
Por que descoras, quando a tarde esquiva Mira-se triste sobre o azul das vagas? Serão saudades das infindas plagas, Onde a oliveira no Jordão se inclina? Sonhas acaso, quando o sol declina, A terra santa do oriente imenso? E as caravanas no deserto extenso?