“não venhas tarde!” Dizes-me tu com carinho Sem nunca fazer alarde Do que me pedes, beixinho “não venhas tarde!” E eu peço a deus que no fim Teu coração ainda guarde Um pouco de amor por mim Tu sabes bem Que eu vou p’ra outra mulher Que ela me prende também Que eu só faço o que ela quer Tu estás sentindo Que te minto e sou cobarde Mas sabes dizer, sorrindo “meu amor, não venhas tarde!”
“não venhas tarde!” Dizes-me sem azedume Quando o teu coração arde Na fogueira do ciúme “não venhas tarde!” Dizes-me tu da janela E eu venho sempre mais tarde Porque não sei fugir dela Tu sabes bem Sem alegria Eu confesso, tenho medo Que tu me digas um dia “meu amor, não venhas cedo!” Por ironia Pois nunca sei onde vais Que eu chegue cedo algum dia E seja tarde demais!