Para ti meu amor, é cada sonho
De todas as palavras que escrever
Cada imagem de luz e de futuro
Cada dia dos dias que viver
Os abismos das coisas, quem os nega
Se em nós abertos, ainda em nós persistem?
Quantas vezes os versos que te dou
Na água dos teus olhos é que existem
Mais humana da terra dos caminhos
E mais certa dos erros cometidos
Foste de novo e sempre, a mão da esperança
Nos meus versos errantes e perdidos
Transpondo os versos, vieste à minha vida
E um rio abriu-se onde era areia e dor
Porque chegaste à hora prometida
Aqui te deixo tudo, meu amor