(Todos os dias os ministros dizem ao povo: "Como é difícil governar" Ou será, que governar só é a**im tão difícil Porque, a exploração e a mentira são coisas que custam a aprender?) Vida de escritório das 9 às 5 Horas extraordinárias De borla até às 20 e tal Fora o fisco Fora o risco De ficar fora disto! Cinto aperta é perto a jugular Carta aberta é conta p'ra pagar A fome aperta é perto o limiar Ferida aberta o abutre a voar! Eureka deu merda moderna A moeda em queda e a meta Medem a média e dá nada... Euro e Europa e Euribor E ouro e outro que é diesel Cobre e coroa de níquel Cobras cobram sacrifícios! Cortam no que comes E mantêm o vício O ministro fez a conta és desperdício E agora tens a escolha Entre o precipício E a espada! Eu insistia que queria esta vida Para mim um dia E se eu sabia que ia dar Em via sem saída Será que ainda resistiria Ficava ou fugia Gritava com valentia Ou sorria para a fotografia? A cidade é ácida A vida é ávida e rápida A idade é ápice E há de pa**ar
De dádiva a dívida! Fera mecânica Nesta era do pânico Nesta mira automática A nossa ira é vulcânica Selva sintética Nesta meca satânica Nesta merda higiénica A matemática é sádica! Cinto aperta é perto a jugular Carta aberta é conta p'ra pagar A fome aperta é perto o limiar Ferida aberta o abutre a voar! Espeta roda a faca e corta o pulso Ou cerra o punho, faz discurso! Espeta roda a faca e corta o pulso Ou cerra o punho, faz discurso! Como é que eu saio daqui? Como é que eu saio daqui? Como é que eu saio daqui? Todos temos revolta Nós andamos à solta Todos vemos a porta! O que é que falta? O que é que falta? O que é que falta? Todos temos revolta Nós andamos à solta Todos vemos a porta! O que é que falta? O que é que falta? (E tu canção mensagem Vai e diz o que disseste A quem quiser ouvir-te E se os puristas da poesia Te acusarem De seres discursiva E não Galante Em graças de invenção E de linguagem Manda-os àquela parte Não é tempo para Tratar de poéticas agora.)