Daqui desta Lisboa que é tão minha Como de ti que a amas como eu Mando-te um beijo naquela andorinha Que em Março me entregou um beijo teu Aqui neste jardim à tua espera Como se não tivesses embarcado Digo ao Outono que ainda é Primavera E encho de buganvílias este fado Num tempo que de amor é tão vazio
Há coisas que não sei mas adivinho Um rio ali à beira de outro rio Só um depois da curva do caminho Tenho tantas saudades do futuro De um tempo que contigo hei-de viver Não há mar não há fronteira não há muro Que possam meu amor o amor de ter