Lage de cimento, teto de estrela Sopra aquele vento pela janela Sob o firmamento posso encontrá-la Vê-la viva ali, naquela viela A carne é só a carne, e um dia apodrece Forte é a jangada, eterna é a prece Quando vê nascer, dentro do seu ser É justo temer, mas não vou fugir Na força do meu protetor Xangô ou Senhor do Bonfim Tijolo por tijolo eu vou E que o destino venha em mim A natureza grita, a espécie procria
Muita trêta, fita, dor e alegria Quem pula o portão? Quem morde a parede? Isopor, Litrão, que o povo tem sede Tomara que um dia, que um dia meu deus tomara Tomara que o destino olhe dentro da minha cara Quando vir nascer, dentro do meu ser Posso até temer, mas não vou fugir Na força do meu protetor Xangô ou Senhor do Bonfim Tijolo por tijolo eu vou E que o destino venha em mim