Amor não tem sinônimo Alma não tem gênero Poder não é virtude E a vida é sopro efêmero Chão, Chão. Terra, Terra O ser humano erra Chão, Chão. Terra, Terra O ser humano erra Macaco semideus, que ama os seus E faz a guerra No vagão lotado, o artista improvisa Telas planas te vendendo o que você não precisa No vagão lotado, angústia não tem cor É rosto cansado, esperança e camelô Uns querem viver, batalhar e crescer Outros tem prazer em ver neguinho perder Pensamento limitado, chame como for Espírito de porco no chiqueiro do rancor Contra qualquer perverso é rajada de verso E a fé inabalável na justiça do universo Amor não tem sinônimo Alma não tem gênero
Poder não é virtude E a vida é sopro efêmero Chão, Chão. Terra, Terra O ser humano erra Pré-conceito e Pós-verdade No gueto e no gold, a vida arde Liquida modernidade, encruzilhada Nem a máscara mais cara não mascara nada Onde filho chora e a mãe chora junto Aos 12 um moleque já cansou de ver defunto E de barriga vazia, não tem ideologia Nada a perder, nem por favor e nem bom-dia Quando você chora e não sai lágrima Quando você grita e não sai som Quando você vai e vira a página Constrói seu propósito, seu dom Amor não tem sinônimo Alma não tem gênero Poder não é virtude E a vida é sopro efêmero Chão, Chão. Terra, Terra O ser humano erra