[Intro]
Eles correm sem distância
O olho alheio à sombra, alheio ao...
(ao pé, alheio ao chão
Alheio ao pé, alheio ao...)
Não identificam
Delimitam, delimitam
Eu vi o dono do rio num curso sem direção
Eu vi o dono da colina, ele mora embaixo do chão
E o suor na mão
E o suor na mão desconexo de uma pergunta
E não pergunta
Não pergunta
Não pergunta
E tudo vai estremecer e ser igual
Quando a noite embaçar
Eu me deito e pa**o a desfiar todas as linhas e bordas
O dentro correndo afora
A cidade se entorna
Eu vou levitar
Mas todos os sonhos sem carne desabam
Entre a vontade e a mão
Entre o peito e o impulso
A gravidade do chão
A lonjura entre a tela e a vista
Minimiza, minimiza, minimiza
Isso o tempo descarrega
Isso o tempo desafoga
Isso o tempo alivia
Isso o tempo esvazia
Eu vi o dono do sol, ele só sabe dormir
Eu vi o dono do tempo anunciando tudo agora
E tudo cansado sem esforço
E tudo ecoa sem espaço, sem distância
Meu grito não alcança
Meu grito não alcança