[Verso 1: Mozart MZ]
Eu vim pra mostrar que batalha não é em vão
E sem hashtag, salve pra família e minha gangue mais punk
É meu tanque, quadrilha no pique rajada, firma contenção
Filma dicção, lição que se aprende, né?
Talento não vende, fé responde a questão, repente
Tão quente me manteve crente e me manteve em pé
E me trouxe até pra ser mais um com uma história pra contar
Que tá fácil pra desandar eu já to puto com essa vida
E quem tava lá sabe, mano, nós não tinha nem batida
Quando a cena era freestyle, cigarro, merda e birita
Quantas batalha cê tem? Cadê seu trabalho na rua, brother?
Haters gonna hate, a minha saga continua
Fala quantos mil dólar cê tem? Cadê seu Camaro na rua?
É só take atrás de take de droga e piranha nua
No entretenimento daquilo que entendo
Se não canto o que vivo, vendo com tudo
Se aquilo que vivo de fato é o que vende
Vários MCs frustados ficam de cabeça quente
Seu fraca**o é demonstrado mais na frente
Nego, então mantenha sua conduta
Cada dia mais tu escuta que essa porra tá virando moda
Não entra no caminho da minha luta
A cena tá igual uma puta e eu tô doido pra dar uma foda
[Scratches: DJ Gio]
Tenho rabiscado
Minha guerra é contra o mundo
[Verso 2: Cachola]
Eu vim de longe pra gravar esse cypher com os irmão
Dez vezes na prestação do meu cartão a pa**agem da promoção
No verso fui mais alto do que o avião
Mas voei baixo nesse beat já que a rima é pé no chão
Não me atucana que eu tô tranquilão
Não rouba minha brisa que eu já tô Japão
Hoje de bando com a métrica, improvisação
Na antiga futebol com o pé descalço no areião
Nós vai mais rápido que um Dodge Viper
A vida não é um game, esse é o street cypher
É sem ibope, roubamo o Street Fighter
Fizemos o Sagat gritar: cypher, hip-hop
Eu faço bang-bang num pop
Só tinha bolacha água e sal, suco Tang e tá top
Se meu som for comercial não vendo sangue no shopping
Mas me interesso na grana, pa**a pra gangue o envelope
Nóiz é a praga na zaga, se a luz apaga tu caga
A vida fere com adaga e apaga uma baga na chaga
Cuida que a baga te traga, e o que propaga, a fanpage paga
Mas isso é Ragga e não a Lady Gaga
No machucado é uma draga que fura todos Band-Aid, esmaga
Não me ganharam três age [?], com os péla é tipo azeite e água
Chegou em segundo? Só aceite e af*ga
[Refrão: Cachola]
Nós tem (sk**s) as rimas mais resina que tu vai encontrar
O cypher é a reunião sagrada pra chapar
Os MCs já faz a prece antes de nós chegar (beat do Léo)
Nós tem as rimas mais resina que tu vai encontrar
O cypher é a reunião sagrada pra chapar
Os MCs já faz a prece antes de nós chegar
[Verso 3: Antsocial]
Marque em post-it, mais que dois feat
Trinta e dois hit, f** los kit, é mais que um skit
Foda-se sua gun, b**h, tipo Gambit
Antsocial faz cê tremer os cambito
Nesse jogo sou péssimo, peço mais três de acréscimo
Desse uma dessa e peça, eu costuro o beat
Planta na meia, vim pra santa ceia
Arremessei os dados e deu 6-6-6
Saint Seiya, quem lanceia balanceia
Atravessa meu caminho eu jogo da ribanceira
E eu te falei que eu era péssimo
Eu curti o Quinto Andar, mas preferi pixar no décimo
Freakazoid, frita zói de lula, que os molóide fica só e de mula
Moendo tímpanos, os louco aqui faz albergue
Let's cooking, Heinsenberg
E quantos que eu não vi julgar minha qualidade
Enquanto pro meus parça em cana eu tô pedindo liberdade
E esses boroca gosta de meter o louco
Mas só vou respeitar diss quando vocês sair no soco, vai
[Scratches: DJ Gio]
É o terror, é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
[Verso 4: Gigante no Mic]
Na lavra viro a távola, igual mandarim eu cito
Palavras são parábolas, no tal latim é mythus
Discurso é metafísica só símbolo de um rito
No percurso a meta é a lírica dos signos do Egito
Vou pra Dendera, quem me atenderá?
Quem entenderá meu som?
Se ele venderá, quem desvendará?
Quem será Champollion?
Sem cifrão vou decifrar, pra poder cifrar o que eu rimo
Etimológico, hieróglifo, são códigos divinos
Deus mora nas palavras e o diabo nos detalhes
Minha casa é meu palácio, foda-se Versalhes
Ao versa-lhes seja Sagres, cartografia avançada
Pra tubarão com cabeça de bagre
Coloquei minha cidade no mapa sem ter que falar o nome dela
Queimando a bandeira, fogo na madeira e na memória do bandeirante Anhanguera
Meu clã não vai fugir, é dedo do gueto, imortal dos Goyá
Sou de Tupã, mas não falo Tupi
Guerreiro violento igual Tupinambá
Mato autoridades sem alteridade
Que autorizam alterar a cidade
Num ato autoritário da PEC do pacto de austeridade
No atentando eu tô com o Napalm
Assim que a banda toca, não temos Senhor
Eu já toquei o foda-se, agora eu vou tocar o terror (hu)
[Scratches: DJ Gio]
Tenho rabiscado
Minha guerra é contra o mundo
[Refrão]
Nós tem (sk**s) as rimas mais resina que tu vai encontrar
O cypher é a reunião sagrada pra chapar
Os MCs já faz a prece antes de nós chegar (beat do Léo)
Nós tem as rimas mais resina que tu vai encontrar
O cypher é a reunião sagrada pra chapar
Os MCs já faz a prece antes de nós chegar