Bóiam leves, desatentos
Meus pensamentos de mágoa
Como, no sono dos ventos
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas
Bóiam como folhas mortas
À tona de águas paradas
São coisas vestindo nadas
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas
Sono de ser, sem remédio
Vestígio do que não foi
Leve mágoa, breve tédio
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói
Vestígio do que não foi
Não sei se existe ou se dói
Sono de ser, sem remédio
Leve mágoa, breve tédio
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói