Com que voz chorarei meu triste fado, Que em tão dura paixão me sepultou. Que mor não seja a dor que me deixou O tempo, de meu bem desenganado. Mas chorar não estima neste estado Aonde suspirar nunca aproveitou. Triste quero viver, poi se mudou Em tisteza a alegria do pa**ado.
Assim a vida pa**o descontente, Ao som nesta prisão do grilhão duro Que lastima ao pé que a sofre e sente. De tanto mal, a causa é amor puro, Devido a quem de mim tenho ausente, Por quem a vida e bens dele aventuro.