Amália Rodrigues - Noite De Santo Antônio Cá vai a marcha, mais o meu par Se eu não trouxesse, quem o havia de aturar? Não digas sim, não digas não Negócios de amor são sempre o coração Já não há praça dos bailaricos Tronos de luxo no altar de manjericos Mas sem a praça que foi da figueira A gente cá vai quer queira ou não queia Ó noite de Santo Antônio Ó Lisboa vem cantar De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar Enquanto os bairros cantarem Enquanto houver arraiais Enquanto houver Santo Antônio Lisboa não morre mais Lisboa é sempre a namoradeira Tantos derrices que já até fazem fileira Não digas sim, não me digas não Amar é destino, cantar é condão Uma cantiga, uma aquarela Um cravo aberto debruçado da janela Lisboa linda do meu bairro antigo Dá-me teu bracinho Vem bailar comigo