Círculos
Andando em círculos vão...sem sair
De manhã, quando acordou, buscando no espelho a si mesmo
Encontrou no rosto, mais uma vez, a imagem dos sonhos que ele vendeu
"Eu não vi o tempo pa**ar me sufocando
E foi, como fazia quase sempre, Ia quase sem precisar lembrar dos sonhos
Já andei dançando, hoje invejo os que crêem e
Andando pelas ruas já descrente e só Só"
Quantas vezes o sol se pôs deixando a terra prometida pr'a depois ?
E os planos, que um dia fez, não sobreviveram à lucidez
Com o sol, ela amanheceu caindo a**ustada dos braços de Morfeu
Num mundo que construiu pensando em tudo que não em si
"Sigo procurando por algo que ninguém viu
Contando o vil metal como queria Tal como queria, a fortuna cresce fácil
Mas pr'a alguém que tem quase tudo o que devia
Pr'a que, nem ela mesmo saberia ver Haver ?"
Quanto ouro na vida têm e toda riqueza enterrada com ninguém...
Uns pa**am sem perceber quão inútil pode, uma vida, ser
Só em pensar a**im, o que me a**usta é ver
O que há disso em mim (somos todos tão iguais!)
Na verdade o fim é o que me move a ver
O que ainda está ruim, onde posso ainda crescer
Crescer mais do que sei; crescer mais...
E se puder, alguém, quebrar um ciclo a**im
Isso será um bem ou igualmente tão ruim ?
Nada importa tanto quanto ser feliz
Isso mantém andando todo esse circo aqui
E ir mais longe é ir, ir, ir mais...
CA DE U DRA E NO MU
CA DE É U DRA E CIAL NO MURO
CADA UM DE NÓS É UMA PEDRA ESSENCIAL NO MURO...
De manhã, quando acordou de um longo inverno sem sonhos
Encontrou, no rosto, do que sorrir o resto dos dias que hão de vir
Viu no rosto um novo caminho, e ele é largo
E ela, refletindo certo dia, E um certo dia, talvez iluminada
E surpresa, enfim descobriu o que devia
Surpresa, descobriu o que devia ser Ser
Quantos mais hão de procurar, na roda da vida, a fortuna
Que virá no dia em que virem mais no mundo que o tédio em que vivem
Andando em círculos vão...sem sair