O solo, osa, morada
A relva, o seu cordão
Orum, a curva azulada
O arco e sua tensão
Olfato, vista aguçada
Ofá e a perfeição
No monte, okê, se cala
A mente em ligação
Aruanã, se esconde no igapé
Irerê canta longe, ode a odé
É noite sem lua
Quem teme recua
Floresta em festa
E a presa a voar
Voa flecha
A mando do destino
Em nome do divino
O alvo vai sangrar!
Mata fecha
Estrela em céu a pino
Nas mãos do peregrino
O alvo vai sangrar
Cala a orquestra
O gan canta seu hino
Silêncio me confino
O alvo vai sangrar
[Mãe Neide]
Ó destemido Odé
A mata te saúda
O alvo te saúda
A flecha te saúda
A relva te saúda
Nosso povo te saúda
A floresta te recebe
E nós te recebemos em festa
Odé – Oh caçador de uma flecha só
Oxotokanxoxô, Okê Arô!!!