[VERSO 1]
Na rua em meio a estátuas de sal
Me senti um preso em banho de sol
Por dentro o Armageddon pessoal
O mundo de olho aberto é cego, razão principal
A forma que Deus é visto aqui
E como um filho seu pa**ou aqui
Mundo de um livro só, sem entender que há um nó em tudo que está por aqui
O mano desconectado, bateu cabeça
Matou floresta, dividiu a crença
Inventou doença, inventou remédio
Chance ao dinheiro, construiu prédios, limitou o acesso
Justiça é processo, que implica todo resto
A cada dia multiplica com seu gesto
Esse é o livre-arbítrio, escolhemos animais em um cubículo
Embalados, diferença é cor
O crime o homem criou, roubou, por não ser igual pra todos
Já é normal pra todos
Tá perto lama e mar aberto
Animais em nosso dinheiro e os valores incorretos
Colhendo os frutos da árvore de concreto
Mais de 2000 anos depois, se achando esperto
Eu queria lançar flecha quando ver avião
Dançar pra chuva, índio visão
Mãe pede ajuda, é suicídio
Ser de concreto o chão, grama é cama, recursos divididos
Sem linha divisória, extinção da grana
Pra consciência a glória
Sem nações, muros e portões por dentro e por fora
[VERSO 2]
Pintando os muro de verde escuro
Babilônia brasileira, índio em terra estrangeira
Jogando semente na poeira pra ver o que acontece
Quando ninguém desce pra salvar o salve do século
Fechará comércios, faltará remédios
Os queimamos, nós humanos
Acordamos de mau humor, os únicos
Mal estar contemporâneo, tumor desse planeta, útero
Lago no crânio, vagando nos quênio de devaneio alheio
Ninguém sabe pro que vem, então os gênios são do mal
Mundo feio, crianças no meio, os arquétipo
Ver o que no desenho?, ta tudo borrado
Estado crítico, ninguém ver de tão nítido
Ilusão é an*lgésico lícito
Eu cito que alinha o chacra
Sem tempo pra a**inar linha de produção das fábricas
Programando a própria máquina
Calendário é imposto, estampado no rosto de Fátima
Cansados, o horário, quase todo mundo perdeu o gosto
Lástima, da vida sofrida que insiste, lágrimas
Onde é que ta? O que tanto buscamos é a própria realidade que ofuscamos
Usina, usina, chacina, o clima, os barulho, os entulho do ser
Só piso no rastro da lanterna na neblina
Se quiser lembrar, então sublinha
Voltemos a vida, floresta e tecnologia
Tudo vivo, respira junto comigo
Deem ouvidos, pobre perseguido, os animal pagando conta
Só a**im pra dar valor as onça
E não mosca não que perde a bolsa
A mente engana o mundo, o mundo engana, que Deus me ouça
Mas que eu me ouça primeiro
Pisar na lama, me manter na luz mais uma semana
Luz pra sua semana, pra sua coluna
E eu que tenho amigos que deitam no chão pra ver estrelas e ouvir um som
E eu que tenho amigos que deitam no chão pra ver estrelas e ouvir um som
Abaixem seus volumes, nossos costumes, apagará a luz dos vagalumes
Novos dias e seus perfumes
[PONTE]
Novos dias e seus perfumes, erros que não se a**umem
Cores somem enquanto o homem não se une, não haverá governo
[VERSO 3]
Quem salvará o mundo da nossas crianças?
Olhar pro céu, brincar na balança
Fazer carinho em onça, amansa
Tira os pensamentos nessa trança
Pássaros na dança, ácaros na testa
Luz pra sua coluna e eu vou tentando não pensar em coisa nenhuma
Eu vou beirar no mar, não vou pra silenciar
Eu vou, eu vou pedir pra Deus olhar por nós
Eu vou pedir pra Deus olhar por nós
À beira-mar, nesse verde escuro, eu vou chamar
Sou parte de tudo, estarei lá, nos olhos das crianças, das estrelas, onde a herança está