A Prece "Alma do Mundo Leva de mim os sonhos inquietos Traz, enfim, a paz..." Há algo em mim, nunca entendi, que talvez responda pelos erros que eu cometi E que me fazem tão mal... Porém se existe algo e se é natural Não existe erro enfim, mas um mal que atinge a mim Torna os pensamentos nebulosos como um sonho Sob influência dessa "metade" agia contra minha verdade Não era quem eu sou... Mas nada disso me justifica, nem os meus atos e o que isso implica Não era quem eu sou... Isso me trai; isso me cai como uma cruz que rasga a pele de meus ombros nús E que me deixa a sangrar... E se eu manchei teu rosto, não tive intenção Tudo escapa a**im de mim, ignoro o meio e o fim E a princípio "penso, logo..." nada faz sentido Como num vício toma meu pulso, perco o controle, mudo o meu curso Não era quem eu sou... Mas não me tome por um engano nas vezes quando sou desumano Não era quem eu sou... Isso te fere, eu compreendo. Fere-me mais o que tenho dentro Não era quem eu sou... Não me abandones se eu te confesso que o que ofereço é sempre incerto Não era quem eu sou... Por esse fato que me acontece Se sou correto não se percebe Isso é humano ? Não sei dizer, mas Sinto que somos todos iguais (iguais)... Perdão por mim; por todos nós Como nos ferimos uns aos outros sem razão ? Incompreensão ? E os espinhos tornam nosso espírito insensível Por tudo que fiz, por toda omissão Desculpem-me o erro que eu tenho sido "Alma do Mundo, toma o ar, todo o ar Traz, ó Fortuna, a paz..."