Pecado em volta e eu procurando calma Revolta e mágoa e eu procurando alma Me sinto em busca de ser livre dentro dessa jaula Vivendo a selva, à luz do dia é que eu conheço a fauna Rua, eu sinto isso no sangue Lá fora é só briga de gangue Eu não copio, aqui é rio, onde ninguém brinca no bang De onde eu vim, sul da Bahia Lá os menor brinca no mangue Eu tenho álcool no meu copo Eu fumo substâncias que tiram o meu foco Amenizam minhas ânsias Eles tão pelo dinheiro, também quero o malote Mas não vou deixar cegar pela luz forte do holofote Eu trago a luz até minha morte No som sou imortal Qualquer revolução começa pelo pessoal Mina, não é nada pessoal Chega de corpos vazios Vive o superficial com lágrimas de crocodilo É cada um na sua função Nas rua aqui vejo de tudo Uns no crime, outros no rap Uns fazendo até os dois juntos É outra lei, o papo é reto Então não vem mudar de a**unto Fazer lei com as próprias mãos é o karma do 3º mundo Nem tudo é o que se vê na área de onde eu vim Por que os muros sangram e a rua é louca a**im? (Mas hoje eu ando bem, aqui Hoje eu ando Hoje eu ando bem, aqui) Conforme as minhas próprias verdades Nessa eu ando bem, sobrevivo Já nas leis da sociedade eu não acredito Entenda meus distúrbios, não tem remédio prescrito Eu sou conspiração ao fato, vencedor no grito Antagonista visto Eu tenho dito que esse mundo tá invertido E talvez por isso ainda vá dormir aflito Resquícios são enxergados pelos guetos E nas ruas onde os muros sangram Frases que aguardam a volta de cristo Eu tenho sede, irmão Sei das minhas fraquezas e conquistas De um lado eu vejo, vejo a carne corrompida Do outro eu vejo a alma É um incentivo, acredito Tá acima das tentações que buscam cegar minha vista Isso é real porque isso é eu mesmo, não cópia Tenta aí clonar meu flow no som Meu mano, não cola Não diz que isso foi "diss" Porque não é bem isso que eu disse Só minha mente me traindo, às vezes pa**a dos limites Preso atrás dessas impostas falsas grades No meu mundo Essa falta de liberdade eu não tolero, vagabundo Joga fora esses seus discos, os gringos te iludiam Brasil bate no meu sangue, na minha veia, eu sou bahia Dessa mescla eu sou cria Todo mundo sabe, o mundo é rápido Então eu consumo o que me alivia Onde a praga procria, cada um colhe o que é seu Eu deixo a contenção com os manos E o resto na mão de Deus